terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Trem de Zoi-Yo

São apenas frase soltas
Sem conexções obvias
Salvo sentimentos impregnados

Sabe quando se passa por alguém desconhecido na rua
E os olhares se cruam?
Os passos param e sente-se vontade de olhar para trás.

Em um lugar com pouca luz, muitas pessoas e música alta,
Surge uma certa emoção e procura-se um pedaço de papel para expressa-la,
Todo o sentimento por alguém que não está
Ou por quem se encontra logo alí a frente,
À distância de um toque mas que não se pode tocar

Procuro inspiração no que vejo
Ou no que os outros me dizem
Só tranformo os meus com os demais

São vidas desconhecidas, caminhos incomuns
Que se entrelaçam sem motivos visiveis aos olhos
E se tornam vitais para a evolução da alma...
Depois podem seguir em frente por lados opostos

Fina porcelana esverdeada
Sedosa ao toque... como a sua pele

Papeis voam no ar,
Como num balé de palavras ao vento
Leve e lento...

Levando paixões e sentimentos sufocados
Assim como a fumaça que levou embora a minha história.
Sou eu mesma, em cada traço das letras.

Basta apenas saber o que se quer
O que se tem vontade
De ter, de ver, de ouvir, de sentir...
E ir buscar!

Para que falar com palavras,
Se é tão mais fácil falar com os olhos,
Com gestos e com o sorriso?

Se encantar com as curvas do rosto, dos lábios
E apenas caminhar com passos lentos
Mirando as luzes da cidade e dos carros passando.

Estava olhando na direção errada
Era bom se enganar
Talvez agora eu possa ver
Mas ainda tento olhar pro lado, provar outro lábio
Pequenos lábios, salgados

Fui sozinha onde achei que estavam me levando.

Movia-se como bolhas rodopiantes
Sem forma nem explicação
Seu movimento me consumia
Consumia a noite e a voce
Se está no coração, é real!
Se não está, não existe!
Porque amantes são como espelhos,
Onde podemos nos ver com mais clareza.