domingo, 17 de maio de 2009

Diferentes

Eu sei que fui eu e não posso reclamar.
Eu não procurei, eu não li, não sai, não entrei
Não andei, não ouvi nem falei, me omiti..
Não sei se isso é saudade
Não sei se arrependimento ou medo,
Impotência, fardo ou âncora.

As luzes são as mesmas e agora algumas piscam.
Queria poder te falar, queria que quisesse ouvir.
Só me resta escrever.
Dizer que ele definhou
Que ela envelheceu e vê tudo em branco e preto.
Dele é o único vestígio externo, porque o interior não se deixa ver.
Não se sabe do erro onde foi, de quem ou quando foi,
Se é na cabeça, na alma ou no coração, quem dirá?
O que fazer, eu sei
Não sei como, ainda ou já!
Antes escrevia pelo de dentro, hoje é pelo de fora.
Não deixa de ser e ainda é mais difícil.
Já perdi a conta de quantos papeis e raciocínios emotivos foram escritos,
Pela falta de um ouvido atento e uma resposta que entra.

Lamento tudo isso...
Pelas mentiras que saem da minha boca,
Pelas minhas infindas omissões,
Pelo sofrimento da incompreenção e dos erros cometidos,
Pela falta de paz no coração,
Pela alegria escassa,
Pela falta de rumo e pela alienação,
pela perda de objetivos...

Vocês já dormiram?
Ele ja está em casa ou chegou bem?
Meu coração não está em paz.
Há tristeza no fundo dos olhares.
Eu posso ver. E você?
Já foram tantas provações, o que vai ser agora?
Por que ainda não acabou e sempre tão só?
Ainda lembro das lágrimas nos teus olhos,
E até pude sentir a dor no peito.
Uma súplica.

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