terça-feira, 26 de maio de 2009

Rotina

Ontem dormi sem o teu boa noite
Hoje acordei sem o teu beijo de bom dia,
Almocei sozinha...
Não te vi chegar com um sorriso no rosto ao fim do dia.
Não me irritei por você mudar de canal quando estou assistindo
Nem fui atrapalhar sua leitura tão compenetrada...
Saudades de coisas tão simples nas quais eu tenho você.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PPS - Partido Popular Socialista

Dia desses vi uma daquelas "bonitas" propagandas de partidos políticos, no caso em questão, do PPS.
Lá estava a ilustrissima ex-deputada federal DENISE FROSSARD, falando da ética no seu partido. O slogan do mesmo é: "PPS, UM PARTIDO DECENTE".
Nessa hora eu senti uma indignação. É claro que essas propagandas já não têm influência nenhuma, pelo menos na cabeça de pessoas mais instruidas.
No meu caso, a história é um pouco diferente. Nas eleições passadas, fui convidada a trabalhar com um candidato a vereador na cidade de João Pessoa. Eu nunca gostei de me envolver diretamente nessas coisas, mas confesso que o dinheiro foi o que pesou na decisão de aceitar o tal convite.
Meu trabalho consistia apenas em acompanhar o candidato em suas "andanças", cuidar da sua agenda e atender algumas lideranças dos bairros da cidade.
Pois bem, vamos ao trabalho.

FÁBIO CARNEIRO (o candidato) é o presidente municipal do PPS em João Pessoa, capital da Paraíba. Durante três semanas eu o acompanhei em diversos lugares e pude acompanhar de perto o que é um político em campanha.
Creio que visitamos quase todos os bairros da cidade e pasmem, em apenas 2 deles, as pessoas não pediam sacos de cimento, nem dinheiro para pagar contas de água, luz ou remédios, pediam melhorias para o bairro.

Ótimo para o candidato, precisaria apenas prometer sem tirar dinheiro do bolso.
É alarmante a quantidade de pessoas que pedem, pedem e pedem. Pensam só em si, nos seus problemas e a comunidade que se dane!!

Voltando a mim. Eu deveria receber por semana o pagamento pelo meu trabalho.
Na primeira semana, não recebi nada, na segunda semana recebi apenas a metade e na terceira semana não recebi nada e Fábio Carneiro simpelmente sumiu!
Antes disso, pela quantidade de pessoas que ligavam pra falar com ele, eu emprestei o meu aparelho de celular, para que ele pudesse colocar um outro chip exclusivo para falar com "pessoas mais importantes". Como eu tinha outro aparelho, não me preocupei muito. MAS ELE SUMIU LEMBRAM?

Pois é, FÁBIO CARNEIRO do PPS (aquele partido que tem como slogan "um partido decente") sumiu levando meu celular e sem me pagar! Em três semanas eu deveria receber R$ 600,00 e no entanto só recebi r$ 100,00. Isso mesmo!

No dia da eleição, eu estava com tanta raiva que, é claro, votei em uma outra pessoa. Fábio me parecia uma ótima pessoa, mas depois dessa, nem pensar em votar. Se ele não conseguiu honrar um simples compromisso comigo, imagina com todas aquelas pessoas que ele se comprometeu em campanha?
E Fábio Carneiro acabou derrotado nas eleições.

Passadas as eleições, mas não a minha raiva, tentei ligar pra ele várias vezes,mas o telefone estava sempre desligado, mudou de número provavelmente! Mandei vários emails e também não obtive resposta. Em um deles eu disse: "Será que voce poderia ao menos devolver o meu celular, já que o meu dinheiro com certeza voce não vai me pagar?"
E com certeza ele não pagaria, eu vi o quanto ele gastou na campanha, promovendo umas 8 feijoadas por fim de semana, dando R$ 20,00 ou 30,00 para cada um que chegasse e lhe pedisse. Ele realemnte gastou muito dinheiro e como não ganhou a eleição para poder repor o que gastou...

Vendo a Denise falar com tanta propriedade sobre ética e decencia, eu comentei comigo mesma "isso é porque ela não deve conhecer o seu colega de partido, o FÁBIO CARNEIRO.

O cara não pagou pelo meu trabalho e ainda ficou com o meu celular.
Pergunto a voces: isso pode ser considerado roubo? Sim, eu entreguei o celular pra ele, mas não foi devolvido! E aí?

Uma lição eu tirei de tudo isso. Eu posso até trabalhar com política, mas como serviço terceirizado, com pagamento adiantado e sem emprestar NADA meu a ninguém!!

Fábio Carneiro: um cara decente? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acredite quem quiser, eu não!

Políticagem é mesmo uma coisa repugnante, eu tava lá, eu vi de perto!

domingo, 17 de maio de 2009

Sangue doado

Cuida para que tuas palavras não magoem a tua direita
Nem muito menos a tua esquerda que te acompanha há tempos.
Cuida, ainda que não cuidem de ti
Mesmo que não te vejam logo alí
E que seja somente palavras vãs
Não foram ditas e nem serão.
Não foram demonstradas. Nenhuma intenção.
Passará o tempo ideal.
Esqueça o sangue dado,
Esqueça o tempo doado.
Mas cuida!
Cuida para não magoar à si mesma.

Interior do interior

Já que o sono existe, por que não se dorme logo de uma vez?
Por que não apaga e apaga tudo o que há na cabeça?
Passe por baixo dos galhos baixos
E espere, à sombra, alguém lhe abrir a porta.
O seu sangue abrirá, e entrarás no refúgio,
A fortaleza em todos os problemas aceitáveis pela sociedade.
Esconde-se e aninha-se na proteção do amor infinito.
Chora...
Chora pela falta que lhe faz
Por sentir um membro deslocado
Por sentir tanta saudade...

E quando lhes gritavam o nome e vibravam com teus feitos? Incrível!
Sentava no tapete da sala na hora do jantar
E ouvia aquela música da animação.
Suada, cansada, faminta... feliz.
Vive pelo simples prazer de viver...
Agora tudo longe.
Pega um ônibus!
Pega um, pega quinze, trinta!
E vai ver quem dá sentido a essa tua vida!!

Bebe blues

Minha vida e minha vida.
Longe dela e perto da outra,
Que não é outra e nem mais uma.
Na sua poda o meu desejo que eu nunca vejo,
O que escondes?
Sim, os teus olhos poderiam ser vermelhos
E os meus não podem tocar o teu rosto.
Eu sempre quis meu cabelo assim,
Com teu sorriso clariando minha íris.
Órion sobre nós!

Diferentes

Eu sei que fui eu e não posso reclamar.
Eu não procurei, eu não li, não sai, não entrei
Não andei, não ouvi nem falei, me omiti..
Não sei se isso é saudade
Não sei se arrependimento ou medo,
Impotência, fardo ou âncora.

As luzes são as mesmas e agora algumas piscam.
Queria poder te falar, queria que quisesse ouvir.
Só me resta escrever.
Dizer que ele definhou
Que ela envelheceu e vê tudo em branco e preto.
Dele é o único vestígio externo, porque o interior não se deixa ver.
Não se sabe do erro onde foi, de quem ou quando foi,
Se é na cabeça, na alma ou no coração, quem dirá?
O que fazer, eu sei
Não sei como, ainda ou já!
Antes escrevia pelo de dentro, hoje é pelo de fora.
Não deixa de ser e ainda é mais difícil.
Já perdi a conta de quantos papeis e raciocínios emotivos foram escritos,
Pela falta de um ouvido atento e uma resposta que entra.

Lamento tudo isso...
Pelas mentiras que saem da minha boca,
Pelas minhas infindas omissões,
Pelo sofrimento da incompreenção e dos erros cometidos,
Pela falta de paz no coração,
Pela alegria escassa,
Pela falta de rumo e pela alienação,
pela perda de objetivos...

Vocês já dormiram?
Ele ja está em casa ou chegou bem?
Meu coração não está em paz.
Há tristeza no fundo dos olhares.
Eu posso ver. E você?
Já foram tantas provações, o que vai ser agora?
Por que ainda não acabou e sempre tão só?
Ainda lembro das lágrimas nos teus olhos,
E até pude sentir a dor no peito.
Uma súplica.

Quem saberá?

Seríamos mais felizes...
Se não hovesse tanta mesquinharia e preconceitos,
Se houvesse mais tolerância.

Não precisaria derramar tantas lágrimas,
Nem destruir tantos sentimentos.
Queria voltar vez em quando e deitar entre os três.
As coisas mudam em rítimos e direções diferentes
Só eu que não entendo e nem aceito!
Valores, ensinamentos... todos praticamente perdidos
Não se sabe o que hove com a raíz,
Mas os frutos estão quase perdidos e só ele tem a saída...
Mostre-nos!!! Estamos esperando também.
Responde por favor...

Além dos olhos

O filme passa em horas inusitadas com cenas do pretérito,
Agora com raiva por querer ter e não poder,
Por relembrar; onde eu estava, com quem estava?
Vivendo por eles e não por mim
Vencendo, perdendo, passando por cima e por baixo,
Deixando de viver...
E não seria esse o melhor para todos?

Não saber do que agora sei,
Não conhecer o que agora conheço,
Não sentir o que agora pulsa em mim.
Às vezes quero me tornar a mesma
E às vezes sinto vontade de ver no que vai dar.
Não sei se é medo.
Talvez medo de perder e de demorar pra achar.
Me sinto só.
Mas somente por não tentar ver além dos olhos.

Invasão de privacidade

Fumaça de palavras,
Histórias inventadas,
Um espelho denunciante,
Um interior explícito.
Queima!!
Esconde-se para revelar algo verdadeiro,
Sentido na pele, na alma.
Meu sentimento contado num papel para todo mundo ver,
Mas ninguém saber.

Um pouco de mim...

sábado, 16 de maio de 2009

(???)


Existem dois mundos aqui...
Talvez eu não saiba defini-los.
Nem onde começa ou termina cada um deles.
Mas às vezes percebo os conflitos que surgem do nada.

Os pés foram fincados no chão por quem nem ao menos está por perto.
Mas esqueceram de fazer o mesmo com os sentimentos.
E não se pode voar estando acorrentado por expectativas que nem te pertencem.
Sinto sede do novo e de novo, quem me dará de beber?

As fontes que busco estão secas ou racionadas,
O meu eu foi guardado antes de pegar a 232
Rumando em direção ao que julgava ser correto.
Eu ainda nada provei...
E nunca voltei pra me buscar.

O tênis branco amarelou-se e está murcho o sonho;
Procuro, onde estou, detalhes de coisas que deixei para trás
Nada encontro nem aqui nem em qualquer outro lugar.