sexta-feira, 10 de julho de 2009

Marketing para Relações Públicas


Olá a todos. Hoje li um texto muito bom do Valentim Lorenzetti. Vou deixar aqui alguns trechos, bem como o link para a leitura completa do conteúdo.

(...)Neste país-continente convivem lado a lado os curiosos em Relações Públicas e os profissionais de Relações Públicas. O dono de uma loja de sapatos considera-se um bom "RP" porque agrada seus clientes; o presidente de uma grande empresa considera-se perfeito "public relations" porque a hora que quiser pega o telefone e fala direto com o ministro; um médio empresário com certeza dirá para os seus amigos, com muito orgulho que ultimamente tem feito muito "RP" porque tem almoçado com jornalistas e artistas.
Como, então ocupar esses espaços, se eles já estão maciçamente ocupados? Não estão ocupados, não – dirá você, postulante a um cargo de Relações Públicas. Na sua cabeça não estão ocupados, mas não é só a "sua" cabeça que interessa aqui, é a cabeça daquele que pode abrir um espaço.

O profissional de Relações Públicas normalmente começa seu trabalho para alguma instituição fazendo uma auditoria de opinião. Você, candidato a uma ocupação de Relações Públicas, já fez sua auditoria para saber como os seus prováveis empregadores ou clientes vêem ou sentem Relações Públicas? Pense nisso: é muito importante entender o seu público; ele é quem pode abrir espaço.

A questão, portanto, não é "ocupar espaço", mas, sim, entender o nosso público. O público "consumidor" de Relações Públicas. Entender que esse público, por exemplo, quer resultados e está disposto a ceder espaços para quem lhe apresentar uma proposta na qual ele sinta resultados melhores do que os colhidos até então. Na medida em que ele perceber que o profissional dá melhor resultado do que o "curioso" é pelo profissional que ele opta.

Relações Públicas como qualquer profissão, exige iniciação. Não dá para chegar ao topo da escada sem ter galgado degrau por degrau. É preciso ter coragem e dedicação para começar pelos primeiros degraus, geralmente obscuros mas profundamente pedagógicos. Para o recém-formado em uma faculdade o registro profissional, obrigatório por lei, não o coloca no topo da escada; ajuda a abrir a porta onde estão os primeiros degraus.

Que produto vendemos nós, profissionais de Relações Públicas? O publicitário vende campanhas, anúncios; o jornalista vende matérias; o médico vende consultas para quem se sente doente; o engenheiro vende projetos de obras. E o profissional de Relações Públicas vende o quê? Já pensou nisso quando você vai oferecer seus serviços a alguém?

Nós vendemos serviços que ajudam a instituição a melhorar os canais de relacionamento com seus públicos. (...)

Relações Públicas é um profissional para o mercado. Acontece que há, ainda, muitos colegas que acham o contrário, que o mercado é para Relações Públicas. Uma espécie de Marketing às avessas. Portanto, além de fundamental embasamento teórico, a escola deveria estar mais junto do mercado entendendo as necessidades desse mercado. Logo, cada região tem peculiaridades de mercado; a parte prática da profissão, na escola deve ser direcionada para atender a essas peculiaridades. Pelo menos o recém-formado deixaria a escola falando uma linguagem mais inteligível para seu mercado.

O empresário busca eficiência. O Brasil busca eficiência. Relações Públicas é uma das armas. Os jovens que estão hoje nas escolas precisam adquirir espírito empreendedor, têm de lançar-se no mercado de forma arrojada, não como pedintes de emprego ou apenas denunciando quem exerce ilegalmente a profissão, mas oferecendo respostas a problemas de relacionamento, levando propostas concretas para seus prováveis clientes ou empregadores. Conhecer o mercado é oferecer o que o mercado precisa – este é o Marketing que Relações Públicas precisa desenvolver para abrir seus próprios espaços. (...)
Nossa idéia de vender Relações Públicas para o mercado continua, pois sentimos ainda o divórcio entre o produto (Relações Públicas) e seu consumidor (o empresariado) abrindo brechas para o descrédito da profissão. Estamos propondo o fim da defesa de interesses pessoais que têm levado o atrito entre entidades, para começarmos a falar uma linguagem unificada que possa ser entendida pelo mercado. Estamos propondo o estabelecimento de um canal de relacionamento entre Relações Públicas e empresariado da iniciativa privada e de empresas estatais.

http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/relacoespublicas/ideiasetendencias01/0038.htm

Um comentário:

Ocappuccino.com disse...

O marketing para relações públicas que o autor se refere só penso sendo a 'orientação ao mercado' ou a 'venda do serviço', pois acredito que nada mais o marketing pode acrescentar às RP. Mkt é apenas uma ferramenta de RP e para mim é usada apenas para apagar incendios. Na rede é diferente, acredito no buzz, na guerilha, de resto acredito somente no diálogo e é a comunicação, o rp, e nao mkt que pode fazer.

Abraços
Mateus d'Ocappuccino